terça-feira, 5 de junho de 2007

se a palavra dissesse exactamente o que diz

Passeava calmamente por entre as alamedas da blogosfera quando, ao entrar aqui deixei-me fascinar pelo conjunto que se me deparou. Mesmo sem "licença" da dona da casa, resolvi partilhar convosco este emocionante momento…
São assim, os caminhos intermináveis da blogosfera…
Imagem de Maria do C'eu Costa

Se a palavra dissesse exactamente o que diz
nunca atingiria a cintilante transparência
que tem a frescura do que é novo e do que é frágil
Se ela tem o suave alvoroço do primeiro dia

é porque venceu a preguiça das raízes
e despertou no centro da argila
não para ser rosa pedra ou ave
mas para acariciar a distância ou um incerto lábio

Nunca poderá ser corola de ouro ou ânfora de lua
porque é frágil e oscila como uma asa de mercúrio
Mas a sua sede traça um ingénuo caminho
Ao ritmo de uma harpa de veias sussurrantes



(Poema de António Ramos Rosa)

9 comentários:

António Melenas disse...

Obrigado pelo poema de Ramos Rosa, que é sempre uma excelente oferta, pela lindísssima foto e... pela revelação do local de onde ela provém
Beijos

Maria Clarinda disse...

Mais uma maravilha...o poema, a foto...Jinhos mil

Unknown disse...

Compreendo perfeitamente o porquê da perdição pela imagem: é belíissima!

Memória transparente disse...

De modo algum.

Manel do Montado disse...

Transmite serenidade e paz...é de facto maravilhosa a simbiose entre a foto e o poema.
Bjinho

Teresa Durães disse...

uma fotografia belíssima acompanhada por um poema igualmente belo

boa noite

Paula Raposo disse...

Um dos muitos excelentes poemas de Ramos Rosa e uma foto belíssima, cheia de serenidade. Beijos.

Maria Carvalhosa disse...

Excelente conjunto. Um beijo.

A.S. disse...

Poema e imagem... completam-se na perfeição!...


Um beijo e um bom feriado!