quarta-feira, 5 de junho de 2013

“a flor que havia na água parada”

Imagem da Net


XV

Estamos todos cansados de esperar
o que nunca virá,
de subir às ameias e espreitar,
de nos deitarmos no chão para escutar
a voz que ainda não esteve nem estará
junto de nós para nos consolar.

À volta só o silêncio e a solidão
respondem ao nosso olhar que não descansa
e ao nosso sequioso coração
a quem disseram que tivesse esperança.

Maria Judite de Carvalho
  “a flor que havia na água parada”, pág. 33 

4 comentários:

MARIUS disse...

A poeta tem razão. Estamos todos cansado e sem esperança de melhores dias.Blog intimista e de muito bom gosto. (eu tou a falar a sério tás a ver?) :-D

Bjos nossos

Evanir disse...

Hoje ao ler seu poema também cai na realidade quantas coisas vivemos de esperança.
Uma esperança , que tomara Deus num chegar ao fim
não teriamos mais coragem nem de viver.
A sempre um fio de esperança.
Um abraço e todo carinho,Evanir.

. intemporal . disse...

.

.

. um des.abafo . na de.composição da Poesia .

.

. um beijo .

.

.

gota de vidro disse...


Temos vivido de esperança, mas mesma ela está a esgotar-se.

Os corações estão a entristecer e a ficar sem ar....

Muito bom

Boa semana

bjito da Gota