sábado, 31 de outubro de 2020

LABIRINTO DE VENTO

 


Sempre que morrem cedo os dias,
interrogo-me na desolação do silêncio
que em mim se esconde, que em nós existe:
Onde estás tu, que só a tua lembrança
me faz correr para dentro de um sonho
onde apenas existem as sonâmbulas figuras
do meu desejo errante?


Sinto crescer à minha volta  
um estranho labirinto de vento
sem que a mais leve brisa
me passe perto dos lábios para pronunciar
o aroma de um beijo.
Abre a porta deste limbo onde me encontro
para eu poder abrir a crisálida do tempo,
e beijar a tua boca num devaneio louco
que a incansável lucidez das horas
não conseguiu desvanecer.


Poema de Albino Santos

Imagem daqui

20 comentários:

A.S. disse...

Acho que aqui o poema tem outro encanto!

Um abraço!

Graça Pires disse...

É bom encontrar aqui o Albino Santos. Um poeta de grandes emoções.
Um beijo, minha querida Amiga.

MARIUS disse...

Um poeta que desconhecia mas que vou pesquisar.
Boa seleção de música. Parabéns
Um abração de cá de todos nós

brancas nuvens negras disse...

A solidão, uma verdadeira pandemia.
Boa Tarde.

Janita disse...

Há coincidências curiosas, ou talvez seja apenas eu que as veja, não sei.
Este poema, que nunca tinha lido nem conheço o autor, tem algo do meu "poeminha" de hoje escrevi e publico ou vice-versa.

Gostei muito do seu espaço. Vou seguir e virei mais vezes.

Um abraço.

" R y k @ r d o " disse...

Não conhecia este poema que classifico de fascinante. Sublime mesmo, direi
A imagem de uma teia é deslumbrante.
.
Cumprimentos poéticos.

LuísM Castanheira disse...

Partilhou aqui um belo poema.
O bom gosto também está patente
na fabulosa foto que o ilustra.
"...correr para dentro de um sonho...", como se tudo dependesse
desse sonho. Perfeito.
Obrigado pelo comentário.
Um abraço

Luiz Gomes disse...

Oi boa noite. Tudo bem? Sou brasileiro, carioca e quero apresentar o meu Blogger. Novos amigos são bem vindos, não importa a distância. Gostaria de lhe convidar a seguir o meu Blogger. Sou o seguidor novo do seu Blogger.

https://viagenspelobrasilerio.blogspot.com/?m=1

Anónimo disse...

Excelente, como todos os poemas do Albino.
O nome do seu blogue é Refugio, do verbo refugiar, ou Refúgio, nome comum, com acento agudo? Grato pelo esclarecimento.

Abraços.

Ricardo.

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, amiga, agradeço sua visita ao meu blog e também a partilha desse belo poema que gostei de ler.
Votos de uma boa semana!
Um abraço.

Rosa Brava disse...

Deixo um abraço a todos pela presença e palavras. :)

Caro Anónimo que se assina como Ricardo respondendo à sua pergunta, o nome do Blogue é o que está descrito e tudo o que a palavra encerra.
Às vezes nos comentários, ao referir-me a ele, o dicionário digital assume a palavra com acento agudo e, por vezes, nem reparo.
Mas isso é um pormenor sem importância para mim. O que interessa é o titulo que lhe dei. Cada qual definirá, para si, o que realmente é.

Cuide-se

Rajani Rehana disse...

Fabulous blog

Rajani Rehana disse...

Please read my post

José Carlos Sant Anna disse...

Ainda que "a incansável lucidez das horas não conseguiu desvanecer" mantendo vivo este querer..." Belo poema de Albino!
Abraços,

AC disse...

Sedutor, o poema, qual convite ao fruir do que de melhor a vida oferece. Mas disso, da classificação do melhor, muitas linhas se cerziram e muitas mais se cerzirão.

Um abraço :)

Maria disse...

uma excelente dia!

LuísM Castanheira disse...

Desejo-lhe, amiga, um Feliz Natal 🎆 e um Ano Novo 💐 de saúde 💕 paz ☮️ e harmonia ☯️
Um abraço

A.S. disse...

Olá M.M.

Volto apenas para um esclarecimento que me pereceu necessário:
Este meu poema "Labirinto de Vento" Faz parte de um livro meu,( Pág 26) cujo título é "A INCANDESCÊNCIA DOS ASTROS", publicado pela "EDIUM EDITORES" em 2018.

Obrigado. Um abraço!

" R y k @ r d o " disse...

Deixando votos de um feliz e Santo Natal, extensivo a toda a sua família e amigos/as.

Boas Festas

Maria disse...

São Sebastião, livrai_me desta peste que se abateu sobre a humanidade. Livrai_me e livrai minha filha, minha família e toda a terra. Amém!