Emilio Crotti
De seguro,
Posso apenas dizer que havia um muro
E que foi contra ele que arremeti
A vida inteira.
Não. Nunca o contornei.
Nunca tentei
Ultrapassá-lo de qualquer maneira.
A honra era lutar
Sem esperança de vencer.
E lutei ferozmente noite e dia.
Apesar de saber
Que quanto mais lutava mais perdia
E mais funda sentia
A dor de me perder.
Miguel Torga, in Diário XIII
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10 comentários:
Já sei um pouco de ti e vejo que neste momento Miguel Torga te faz companhia. Não poderias ter companhia melhor neste horizonte.
Um abraço,
E tantas vezes assim sangramos
quando os muros são pesados
e nem forças procuramos para achar uma abertura.
É preciso que quando a abertura se vislumbrar se consiga esquecer a dor e... passar.
Beijinho.
Torga, os muros, a luta inglória. Veio-me à memória a muralha da China. Os muros são lixados e às vezes somos nós próprios que os colocamos lá, o medo tem dessas coisas.
Tu tens derrubado todos os muros por mais altos que sejam e espero que continues a derrubar.
Beijinho da Isabel, dos rapazes e um forte abraço daqui
Visitando deparo-me com um blogue muito sedutor com publicações encantadoras.
Este poema mostra-nos que, muitas vezes, mesmo com o coração sangrando, teimamos em seguir em frente, sem dar outro rumo à nossa "viagem". Lindo demais
Fiquei seguidor
Votos de um feliz fim de semana
Miguel Torga inigualável… Gostei de o ler aqui.
Um beijo enorme.
Podemos lutar e perder
mas quem não luta
perde sempre
Torga sempre
uma boa memória
Bela partilha de sua sensibilidade na leitura.
Os muros que proliferam contra as pontes, mas
muros que nos desafiam e nos ensinam a sabedoria.
Gostei.
Bjs
Grato pela amável visita que me trouxe e já sigo,
pelas duas belezas que li na visita.
Bem vinda Rosa.
Palavras do grande mestre e poeta que foi Miguel Torga.
Um abraço e bom Domingo.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Boa noite, Rosa Brava!
Passo por aqui para te desejar um excelente feriado.
Cuide-se com o vírus, Rosa.
Um beijo.
Pedro
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