Pintura de Brenda Burke
Percorro, passo a passo,
os sulcos dos migradores
de sonhos.
Reaprendo o ritual
dos presságios
para atravessar a noite,
deslumbrada e breve.
Posso, assim, iludir os gestos
mais suspeitos e escutar
o silêncio e as palavras
mutuamente se inquirindo.
Poema de Graça Pires
in “Uma extensa mancha de sonhos”, pág.48
3 comentários:
Os rituais que se reaprendem, o silêncio, o silêncio sempre. Porque será que hoje há tanto medo do silêncio?
Adorei este poema tão comedido e que diz tanto.
Boa semana
Continua a sonhar dessa forma linda e recolhe em ti todos esses sonhos...
Beijinhos.
a Graça escreve muito bem, este poema não foge à regra.
um beij
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