"Quando eu morrer, voltarei para buscar
os instantes que não vivi junto do mar. "
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
os instantes que não vivi junto do mar. "
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Pela passagem do terceiro aniversário de Sophia Andresen, trago aqui um poema, em sua homenagem...
Imagem de autor desconhecido
Contou-nos tempos templos e distâncias
Na deslumbrante transparência dos regressos
Falou-nos dos palácios e da sabedoria dos gregos
Cantou-nos deuses mitos e poetas
E marejou sob as velas dos portugueses
No oiro límpido de todos os poemas
Ensinou-nos a escutar o vento
O impulso cadenciado das ondas
O rumorejo cristalino das fontes
E a admirar o fulgor dos espelhos de água
Que incendeiam de brilhos as ilhas esmeraldinas
Exortou-nos a amar a lua e as estrelas
E o encanto nocturno do seu silêncio
E a apreciar a claridade e a nudez do dia
Nos reflexos de sol dos horizontes
Onde a paz se funde com a harmonia
Ensinou-nos a comungar a terra e as flores
E o balançar ritmado do feno e das espigas
A haurir o perfume dos pinhais e da maresia
A admirar o voo e o cântico das aves
E a maravilha das sombras e das cores
Onde a terra-mãe fala com as árvores
Falou-nos da paz que imana do amor e da verdade
E levou-nos às auroras onde mora o sol
E ao esplendor da justiça e da liberdade
Onde brotam as rosas do tempo inicial
Poema de Zénite
Contou-nos tempos templos e distâncias
Na deslumbrante transparência dos regressos
Falou-nos dos palácios e da sabedoria dos gregos
Cantou-nos deuses mitos e poetas
E marejou sob as velas dos portugueses
No oiro límpido de todos os poemas
Ensinou-nos a escutar o vento
O impulso cadenciado das ondas
O rumorejo cristalino das fontes
E a admirar o fulgor dos espelhos de água
Que incendeiam de brilhos as ilhas esmeraldinas
Exortou-nos a amar a lua e as estrelas
E o encanto nocturno do seu silêncio
E a apreciar a claridade e a nudez do dia
Nos reflexos de sol dos horizontes
Onde a paz se funde com a harmonia
Ensinou-nos a comungar a terra e as flores
E o balançar ritmado do feno e das espigas
A haurir o perfume dos pinhais e da maresia
A admirar o voo e o cântico das aves
E a maravilha das sombras e das cores
Onde a terra-mãe fala com as árvores
Falou-nos da paz que imana do amor e da verdade
E levou-nos às auroras onde mora o sol
E ao esplendor da justiça e da liberdade
Onde brotam as rosas do tempo inicial
Poema de Zénite
12 comentários:
Sophia, ensinou-nos quase tudo, no que se refere à poesia... Belo poema de uma homenagem mais que merecida. Parabéns. Um beijo.
A frase que tenho sempre comigo!
E falando de Sofia junto-me à tua bela homenagem com este pequeno poema que adoro:
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestigio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.
(Sophia M.Breyner)
Jinhos mil
SOPHIA,sempre!
Zénite Zénite ;))))))))))))
Poema sublime
bonito poema, um bjs e bom fim de semana
Passei aqui a visitar-te de novo.
Faço-o religiosamente, todos os dias. Em todos os teus Blogs
Para te ler. Para te conhecer melhor.
belo poema para uma bela homenagem. beijo
''De todos os cantos do mundo Amo com um amor mais forte E mais profundo Aquela praia extasiada e nua Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.'' Sophia de Mello Breyner Andresen
esta grande MULHER estará sempre presente... na vida dos que amam a poesia. SUBLIME.
:)
Adoro SMBA e pergunto-me muitas vezes como foi possível uma mulher daquela sensibilidade ter tido por marido quem teve e por filho um ignóbil “puto” malcriado como o jornaleiro-comentador-escritor-copista.
bjinho
Sohpia foi uma grande mestra do mundo da poesia,além de ter sido uma grande senhora com uma sensibilidade do tamanho do mundo.
Bjs Zita
Eterna Sophia.
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