Pintura de Youji Takeshige
Sou o pássaro que canta
dentro da tua cabeça
que canta na tua garganta
canta onde lhe apeteça
Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer pessoa
mesmo as que julgas que não
Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo com a boca fechada
E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão
E ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.
(Poema de Manuel António Pina
in "Carta a um jovem antes de ser Poeta")
14 comentários:
Lindo, e maravilhoso para este fim de tarde de Domingo.
Boa semana. Jhs.
Querida Menina
Sê sempre um pássaro para voares livremente...
Um beijo
Daniel
Um poema cheio de simplicidade e beleza que fala de liberdade: o pássaro da imaginação que canta, que voa, que nos lembra que "não há machado que corte a raiz ao pensamento".
Um beijo.
Bonito poema dedicado a um jovem Poeta! Adorei. beijos.
não conhecia o poema.... nem o poeta ...
achei-o maravilhoso...
boa semana
bjs
Não se escolhe um poema de ânimo leve, há sempre um motivo para o fazer. Por vezes nada tem a ver com o poeta, ou com o poema em si, é uma forma de tentar dizer o que não pode ser dito.
Confesso a minha ignorância.
Não conhecia o poeta. Não conhecia o poema. Nem conhecia este espaço.
Bom!
Um abraço
muito bonito :)
beijinhos
Por aqui, o pássaro tem cantado pouuco :-)
Beijinho, O.
que bonitas palavras. sofialisboa
Vim aqui ter de outro blogue, onde as tuas palavras despertaram a minha curiosidade. Em boa hora vim porque acabei de descobrir um blog fabulástico!!!
G
Olá
Sou pássaro que voa.. para lá da imaginação... voa livre, em busca não sei de quê..
Bjhs e bom resto de semana
'Um pássaro que voa'
..............
Também nós demos asas à nossa imaginação, voando, voando até, onde o desejo o permitir. E o inacreditável, é que não há fronteiras, nem forças que possam impedir esta viagem.
Fica bem.
E a felicidade juntinho de ti.
Manuel
Não sabia que ele gostava de pássaros; sabia de gatos!...
Mas gostei do poema, claro!
Abraços!
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