sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Quando chegaste




Como se nada pudesse alterar o percurso de uma paixão
enfeito os ombros de mimosas e mudo de perfume
para inquietar quem roce os meus cabelos.

Chegaste: trazias nos olhos toda a claridade
das manhãs da tua infância
e um sorriso de menino triste no contorno da boca.
Chegaste: o meu olhar propício ao teu olhar.
A marca da sede nos meus lábios.
Um frio perturbado, coagulando-me o sangue e o sexo.
Chegaste: lembras-te como, em nossas mãos
se insinuou um rio e, sem tréguas,
os dedos deslizaram lentamente adivinhando
o começo da nascente em nossos corpos ?

Poema de
Graça Pires

Imagem Google

6 comentários:

By Me disse...

Rosa brava...;)

Graça Pires disse...

Sempre generosa, amiga.
Um grande beijo e bem haja.

A.S. disse...

Belo poema da Graça Pires!

Um beijo... e saudades!
AL

Carlos Ferreira disse...

OTÍLIA
O poema é, realmente, muito bonito.
Parabéns à Graça Pires, e também a TI, que o compartilhas connosco no teu blog.

As saudades de sempre ... Beijos ...

Carlos Ferreira

Samara de Oliveira disse...

amei tudo aqui.. estou seguindo este teu cantinho de doces palavras.

beijinho no coração.

tecas disse...

Excelente escolha! Graça Pires uma das melhores poétisas do nosso tempo. Adoro a sua poesia.Não é só a beleza do poema...são as palavras que têm voz. Maravilha.
Bjito amigo.
TG