segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Concepção

escultura de Auguste Rodin

O poema nasceu e eu nem estava lá
a enaltecer a sua criação.
Foi o poema que me fez crescer,
porque concebe-se
nasce sozinho, tem vida própria,
sentimentos e sentidos tão apurados
que nem sabemos como ele eclodiu
entre os olhos prodigiosos das palavras.

O poema voa para lá dos sentidos, da própria carne.
É o cerne do pensamento irrompendo além do
mundo a que me dou, que me possui e me liberta.

O poema é o próprio poeta.
Tem a visão da humanidade
sente a liquidez das palavras consensuais, do riso, da dor,
de utopia em utopia ele cresce, amadurece,
dá-se na vertente do conceito filosófico da razão
e floresce na terra germinada de amor
O poema desabrochou e sobreviveu.

16 comentários:

Paula Raposo disse...

E como tens raz�o!!! Eu tento ser um pouco de poema para continuar sobrevivendo...muitos beijos.

Maria Clarinda disse...

Maravilha, Menina Marota...maravilha de poema e que fica em conjugação perfeita com a escultura que escolheste!!!
Jinhos mil

A. João Soares disse...

Linda Menina, belo poema.
Recordo a história de um escultor africano de figuras de madeira que, perante a admiração de um europeu pela sua arte respondeu: Não tenho nada de especial, a estatueta está dentro da madeira e eu apenas tenho que retirar o pau que está a mais.
Também o poeta, segundo este poema, já tem lá dentro a obra, talvez sem se ter apercebido dela, e um dia ela brota à superfície, como uma águia a sair do ovo.
Beijos e boa semana
João

Júlia Coutinho disse...

Lindas palavras e maravilhosa imagem.
Uma boa semana, amiga!

Thiago disse...

E que bonito este poema desabrochado...Um abraço

Graça Pires disse...

Excelentes: o poema e a poeta.
Um beijo.

Joseph 1 disse...

MM
Olá

O poema desabrochou, sobreviveu, e isto é uma obra de arte, tanto na escultura, como nas música de acompanhamento, mas sobretudo no poema; Lindo, lindo.

Beijinhos ternos;)**

poetaeusou . . . disse...

*
desabrochar,
é a missão, de um poema,
,
buzios soantes,
,
*

-JÚLIA MOURA LOPES- disse...

está a ficar tão bonito , novamente o teu roseiral, amiga !Lindissmas imagens, melhor poesia.


beijinho

O Profeta disse...

Errantes sentires percorrem
Este corpo nu de calor
Queda-se a vontade ao vento
Neste deserto de verde amor

Ai este grito contido
É lava rubra em minha garganta
Pio de pássaro preso às penas
Uma reza a fugir de alma santa


Boas férias


Mágico beijo

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

Ainda bem que não nos deixaste. Como é bom partilhar as palavras que a tua inspiração nos oferece.

Beijos

Ray Gonçalves Mélo disse...

Oi Rosa Brava,
Lindo blog repleto de poesia e de arte!
Essa escultura de Rodin é simplismente maravilhosa. E para acompanhar esta linda visão, este teu lindo e profundo poema!
Rosa Brava és sensível e tens bom gosto.
Voltarei....
beijos!
Ray

vieira calado disse...

Um poema cheio de humanidade.
O próprio poeta encarna a utopia.
Ela irá sobrevivendo, envolta no poema.
Bjs

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

bonita conjungação, o poema e a poeta.

o poema voa, pois voa!

beij

Hélder disse...

Belo...simplesmente.

Hélder
http://letrasdoimensodesconhecido.blogspot.com/
http://generalmoto.blogspot.com/

Anónimo disse...

Sublime!!! Letras de cinco estrelas
musicadas pelo sentimento poético.
os meus sinceros parabéns Menina Marota, mulher alma de poeta.
Bjibjibji
Tg