sexta-feira, 24 de novembro de 2006

Se eu pudesse...

Imagem de autor desconhecido


Se eu pudesse atingir
a quietude das coisas simples,
a serenidade das harmonias mortas,
e dormitar na inconsciência
de tudo quanto não existe!

Se eu pudesse banir a melancolia,
porque me atormenta,
me afunda,
me reduz ao desespero de não saber viver.

Se eu pudesse perseverar em ser alegre,
fruir confiança
e reter na minha alma
somente os momentos divinos de prazer.

Viver só por viver.
Nada querer além da vida,
não devassar meu eu,
e embalar-me tranquilamente
na esperança
dos meus sonhos.



Ah! Se eu pudesse adormecer!...

Ouvir o poema na voz de Luís Gaspar
(Desligar p.f. a música de fundo para ouvir o poema)
(memórias...)

22 comentários:

Anónimo disse...

a gravação do poema está um espanto.parabéns ao Luís e à autora. deduzo que sejas a autora do blogue uma vez que não referências nome do autor do poema.
Cheguei aqui através de um comentario que deixaste algures. o teu nik chamou-me a atenção e deslumbrou-me este sítio.vou voltar
Daniel

Peter disse...

Esta quadra:

"Se eu pudesse banir a melancolia,
porque me atormenta,
me afunda,
me reduz ao desespero de não saber viver!"

parece ter sido escrita de propósito para mim.

Mitsou disse...

Num intervalo de manhã domingueira passada na frieza deste meu ofício prosaico, soube-me tão bem repousar na doçura e magia de quem tanta poesia nos sabe dar.

Um grande beijo de carinho, minha querida.

Maria Carvalho disse...

Belíssimo poema!! Gostei muito. Beijos.

Olga disse...

Adoro os poemas que aqui escreveste. Escolheste-os bem. Continua escrever pois serei frequentadora assídua deste blog.Bjs.

Anónimo disse...

Olá, Menina Marota...
Seu blog é agradabilíssimo. Ótima poesia e fotos inspiradoras, tudo ao som de uma bela música.

Parabéns pelo bom gosto.

Abração.

DB.

Anónimo disse...

Um poema lindíssimo emoldurado por uma vacalização espantosa. Parabéns a ambos
Cheguei aqui por curiosidade atrav+es de outro blog, mas vou voltar
E.S.M

lena disse...

senti, senti cada verso na excelente voz de Luís Gaspar

doce menina este poema está lindissimo, belo, tão cheio de sensibilidade dentro da força da vida que nos embala

parabéns!

abraço-te carinhosamente e ler-te deixa-me menos só

lena

Daniel Aladiah disse...

Querida Menina
Difícil quando sentimos tal desespero, que espero seja menor do que as palavras revelam.
Um beijo
Daniel

Olga disse...

"Pudesse eu não ter laços nem limites
Ó vida de mil faces transbordantes
Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!"

Sophia de Mello Breyner

Anónimo disse...

Já era tempo de poder falar a uma rosa.
Deixo-lhe aqui um cumprimento, e um abraço para o dia 11 de Novembro. Espero que daqui chegue ao Daniel.

("Noutros tempos", quando os houver, se os houver, é sempre bem-vinda, lá no meu espaço, esteja ou não esteja eu a recebê-la.)

Boa viagem para o blog, que começa num mês que sabe tão bem pronunciar.

Impensamental disse...

Se eu com fé alcançar
o sossego das realidades elementar,
a mansidão das melodias apagadas,
e cabecear na irreflexão
de totalidade quanto não aparece!

Se eu crédito exilar a mágoa,
pois me mói,
me submerge,
me abrevia ao desanimo de não ilustrar o habitar!

Se eu domínio continuar em ser divertido,
desfrutar firmeza
e imobilizar na aquela energia
unicamente os instantes celestiais de deleite!

Alar só por conviver!
Ninharia desejo acolá da animação,
não indagar meu ego,
e acariciar pacificamente
na expectativa
das minhas fantasias!
um grande abraço rosa brava......

Anónimo disse...

Ah se eu pudesse conservar somente os momentos divinos de prazer. Era bom que assim fosse, não era? Só que infelizmente nem sempre é possivel. Possivel é que esses momentos inspirem poemas tão bonitos como este. E leitura do Luís?!!! Nem sei que diga!
bjs
António

Anónimo disse...

ah se eu pudesse escrever assim, n sei se seria mais feliz, mas seria mais completo :) ainda ha mt p aprender nesta e noutras vidas prxs, um dia xego la :) jokas

Anónimo disse...

excelente momento de poesia. grato. uma bela voz entoando um poema belíssimo.

Anónimo disse...

gostei mt da declamação do poema pela voz do sr.luis, parabens
bjs grandes

APC disse...

Jesus!, que maldade tão bela me fizeste!

"Se eu pudesse banir a melancolia,
porque me atormenta,
me afunda,
me reduz ao desespero de não saber viver!"


... !!! (A minha voz não sai. A tua fica... Pela voz - que linda voz! - de quem por ti o diz, de quem fala de ti... Sussurando a universalidade de um rogar tão íntimo; a intimidade de um poema universal!).

SUBLIME!

APC disse...

Ecoa, enternece, ressoa e permanece. Perdura. Não esquece.

Anónimo disse...

Roseira Brava
Roseira sem espinhos é rosa, das mais lindas rosas, da poesia com que embalam os poetas
Rosa Brava, és brava e tua bravura está nas palavras que transpiram do teu coração.
Só de ler este poema o dia se abriu com mais claridade,
Só de ler este poema fiquei fiel e apaixonado pela tua poesia.
Haveremos de nos encontrar no eterno canto dos poetas.
Irei colocar um link para a tua poesia
Obrigado pela tua visita.
Saudades
Rogério Martins Simões

Anónimo disse...

Desculpa esta intromissão.
No meu blog, tenho uns chapelinhos muito bonitos, nos quais podes estar interessada.
Vai lá ver e fala comigo!

Eric Blair disse...

Belo captador de imagens, esse tal de Desconhecido.

Vítor Amado disse...

Belíssimo poema, declamado com sentimento e no tom certo.
parabéns aos dois.